O que há de novo
O Povo finaliza adoção do indicador Autor/Produtor

Ilustrações/ Reprodução de O Povo
Veículo líder na imprensa cearense, o jornal O Povo está em fase final de implementação do indicador Autor/Produtor, que identifica quem está por trás do conteúdo publicado, fornecendo informações sobre a formação e experiência de seus jornalistas.
Segundo Ana Naddaf, diretora-executiva da redação do jornal, o indicador Autor/Produtor já conta nesta primeira fase com 64 jornalistas cadastrados, entre editores, repórteres, colunistas, além de coordenadores de plataforma (impresso, digital, imagem e design). Na segunda fase serão incluídos fotógrafos, estagiários, designers e produtores de conteúdo audiovisual. Ao todo, serão 99 profissionais.
Em 2019, a adoção do Mínimo Protocolo Viável (MVP) do Credibilidade permite que os veículos concluam a implementação desse indicador até meados de novembro. O jornal, que mantém o cargo de ombudsman, atualmente ocupado pela jornalista Tânia Alves, e um Conselho de Leitores, também se destaca em termos de feedback acionável, mantendo vários canais na página Fale com a Gente.
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Palestras do Credibilidade
A coordenadora-executiva do Credibilidade, Angela Pimenta, em palestra para o evento Galápagos,
em São Paulo, e estudantes de Comunicação da UFPE, que também aprenderam sobre
o sistema de indicadores / Fotos: Divulgação Galápagos Newsmaking e UFPE
Como parte do nosso eixo de educação midiática, viajamos a Recife, onde realizamos palestras sobre o sistema de indicadores de credibilidade para estudantes de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no dia 14 de agosto. Na mesma data, nos reunimos com a redação do Jornal do Commercio, em fase de adoção do sistema de indicadores. O projeto também foi tema de uma aula para jornalistas reunidos em São Paulo para o curso Galápagos Newsmaking, em 31 de julho.
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ESTANTE VIRTUAL
Foto: Reprodução News Co/Lab
Projeto da ASU inclui software para aprimorar correções no meio digital
Financiado pela organização Craig Newmark Philantrophies, um novo projeto do News Co/Lab da Arizona State University (ASU) visa aprimorar as correções jornalísticas e seu alcance no meio digital. Segundo o jornalista Dan Gilmor, co-fundador e pesquisador do News Co/Lab, a primeira fase, já em curso, inclui testes para verificar se a correção de um determinado erro é capaz de alcançar o mesmo nível de compartilhamentos obtidos pela informação incorreta nas mídias sociais.
Além do News Co/Lab, a iniciativa deve envolver três redações, incluindo o jornal The Kansas City Star, onde nasceu a ideia do projeto, e pesquisadores líderes no cruzamento de desinformação e tecnologia, como Brendan Nyhan, do Dartmouth College. Segundo Gilmor, “faremos experimentos, pesquisas e, o que é fundamental, desenvolveremos uma ferramenta de software para facilitar aos jornalistas a propagação de correções e atualizações importantes para refletir as postagens e compartilhamentos originais."
Gráfico/ Reprodução First Draft
Como evitar que a imprensa sirva de megafone para a desinformação
Em recentes rodadas de discussões com jornalistas e acadêmicos em Nova York, Londres e Sidney, o First Draft abordou a questão, – cada vez mais crítica – de veículos jornalísticos propagarem desinformação e, legitimar em suas coberturas, ainda que involuntariamente, maus atores no meio digital.
No exemplo do gráfico acima pinçado pelo First Draft, a busca pelo pré-candidato democrata Joe Biden à eleição presidencial de 2020 sofreu um visível pico depois que The New York Times publicou o link para um site satírico mencionado por Biden durante um debate. Note-se que, neste caso, tratava-se de um site sem motivação maliciosa mencionado pelo próprio Biden a fim de aumentar a arrecadação de sua pré-candidatura.
Editora de ética e padrões do First Draft, Victoria Kwan lista três alternativas para jornalistas lidarem com links que contêm conteúdo falso e/ou manipulado:
- Não linkar a informação falsa
- Publicar ilustrações da informação falsa, sem linká-la
- Usar os chamados "no-follow" links
Os links "no-follow" têm a vantagem de direcionar os leitores que queiram acessar a informação para um determinado site, evitando, ao mesmo tempo que este site suba nos resultados de pesquisa, através da adição do tag "nofollow" ao código da linguagem HTML de uma página da Web.
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